domingo, 14 de março de 2010

SITE DO GAIA

Moçada, para facilitar agora estará no ar o site
www.gaiabiologia.com
Não reparem ainda pois está sendo aprovado o novo visual!Abração do Léo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Doenças Emergentes e Reemergentes.

DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES
AS DOENÇAS EMERGENTES
Nos últimos anos, diversas novas doenças têm sido descobertas, algumas muito graves e de difícilcontrole. Somente para ilustrar, desde a descoberta do vírus da imunodeficiência humana (HIV), no início dos anos 80, mais de duas dezenas de patógenos foram descritos e envolvidos em diversas doenças. Estas novas doenças vão se somar a outras já existentes - cuja incidência tem aumentado - e entre os novos
agentes microbianos encontram-se diversos vírus para os quais o arsenal terapêutico disponível é muito precário.
A definição de doença emergente proposta pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC dos Estados Unidos da América engloba tanto as doenças infecciosas de descoberta recente quanto aquelas cuja incidência tende a aumentar no futuro: "doenças causadas por micróbios que já se sabia serem patogênicos mas com padrão diferente de doença (aumento de incidência, processo patogênico inusitado) ou
que foram reconhecidos como patógenos novos para o ser humano".
Do ponto de vista biológico, é possível afirmar que a emergência de novos patógenos não é novidade para o homem, que tem convivido com esta situação desde o início de seu processo evolutivo e, certamente, é possível antever que isto ocorrerá pelos anos que virão. Evidentemente, a situação atual tem características peculiares e preocupantes, entre elas:
a) Aumento da população (mais de 6 bilhões de pessoas);
b) Grandes movimentações destas populações, espontaneamente (viagens de lazer ou negócios) ou induzidas (guerras, secas e outros desastres ambientais);
c) Aumento das doenças pela maior exposição de grupos específicos a situações de risco, como institucionalizados (prisões, asilos para idosos, orfanatos, migrantes, escolas), populações de rua, condições precárias de moradia;
d) Mudanças ecológicas intensas e rápidas, relacionadas ao desenvolvimento econômico e industrial;
e) Diminuição do suporte social, aumento do desemprego, urbanização desorganizada;
f) Utilização intensa de antimicrobianos facilitando o aparecimento de cepas resistentes.

É fato conhecido que os agentes das doenças infecciosas e parasitárias são parte do nosso convívio e nicho ecológico, sendo certamente pouco provável (e pouco desejável) sua completa eliminação. As complexas relações ecológicas (hospedeiro/meio-ambiente/parasitas) ainda não estão completamente elucidadas e é desnecessário enfatizar a importância da manutenção deste equilíbrio para o próprio equilíbrio da vida. Por outro lado, o conhecimento técnico acumulado neste século já demonstrou de maneira insofismável a estreita relação entre a melhoria das condições sanitárias básicas e a diminuição da incidência das doenças infecciosas e parasitárias. Aquelas incluem, mas não estão limitadas à, disponibilidade de água tratada, esgotamento sanitário, alimentação sadia, educação e emprego. Certamente, este controle pode ser facilitado pela aplicação dos resultados das pesquisas da ciência biomédica.
CONTROLE DE DOENÇAS
Os programas de incentivo ao aleitamento materno e a vacinação de suscetíveis têm papel significativo para o efetivo controle de diversas doenças infecciosas. Entretanto, as sociedades industrializadas no final do século XX alardearam ser capazes de controlar todas as doenças infecciosas por meio da imunização ou tratamento.
Nesse sentido, em setembro de 1978 foi assinada a Declaração de Alma Ata: no ano 2000, toda a humanidade deveria estar imunizada contra a maioria das doenças infecciosas, cuidados básicos de saúde estariam disponíveis para todos os homens, mulheres e crianças, independente de classe social, raça, religião ou lugar de nascimento.
Os diversos acontecimentos políticos e sociais, associados ao aparecimento da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), serviram para anular esta presunção. Apesar disso, pesquisadores e agentes da saúde pública ainda acham possível a perspectiva de acrescentar, nos próximos anos, ao rol das vacinas, uma vacina eficaz contra a AIDS, do mesmo modo como foi possível para outras doenças infecciosas. Desafortunadamente, "do mesmo modo" pode ter dois significados: sim, parece ser tecnicamente possível o desenvolvimento de uma vacina eficaz nos próximos anos. Entretanto, a mera existência de outras vacinas igualmente eficazes não tem sido sinônimo de disponibilidade mundial, e este é o segundo e cruel significado - isto ocorreu, e ainda ocorre em muitos países, com o sarampo, rubéola, hepatite B e tétano, entre outras. Em outras palavras, a existência de determinada vacina não significa sua disponibilidade para todos que dela necessitem.
A SITUAÇÃO BRASILEIRA
O Brasil chega ao final do século XX com diversos problemas sociais sérios, com reflexos diretos sobre a saúde pública. Entre estes, o êxodo da zona rural para as cidades, o desemprego e a vergonhosa concentração de renda. Segundo o IBGE, apenas 1% da população detém riqueza superior a dos 50% dos brasileiros mais pobres, ou seja, menos de 2 milhões de pessoas possuem mais que a soma dos bens de 83 milhões de brasileiros _ acresça-se a isto o descaso com a saúde pública. Evidentemente, estes fatores contribuem para o aumento da incidência de doenças infecciosas e parasitárias, incluindo o reaparecimento de outras já praticamente eliminadas, e a expansão de novas patologias. Desta maneira, assiste-se à expansão dos casos de leishmaniose, hanseníase, dengue, malária e tuberculose, esta última principalmente em associação com a AIDS; ao reaparecimento da cólera e febre amarela urbana; ao não-controle da esquistossomose _ apesar da significativa diminuição dos casos novos de doença de Chagas, ocorrida principalmente através da dedetização, não houve melhoria significativa nas condições básicas para seu efetivo controle (melhor habitação, educação sanitária, emprego digno, etc.).
Aliás, a necessidade desta melhoria e seu avesso (piora das condições de vida, desemprego, ausência de saneamento básico) é comum às outras doenças endêmicas, epidêmicas, emergentes e reemergentes deste final de século. Assim, não é desejável e muito menos possível fazer qualquer exercício de futurologia relacionado às doenças emergentes no século XXI. Entretanto, com base nos dados ora disponíveis, é possível analisar as tendências para os próximos anos.
(MARCIO LÉO - a partir de fontes diversas)

** EM BREVE CURSO PARA TREINAMENTO DE QUESTÕES ABERTAS**

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CURSO PARA A SEGUNDA ETAPA DA UFMG

O CURSO: 7 horas semanais divididas em DOIS encontros semanais com 3h30min, cada um, sem intervalo, com o professor Marcio Léo.

Sala com no máximo 25 cadeiras. Material incluso.

INVESTIMENTO: parcela única R$350,00 no ato da matrícula referentes a:

1. Sete horas de aulas por semana com o Prof. Marcio Léo durante as CINCO SEMANAS.

2. Matrícula.

3. Todo o material do GAIA.

4. Questão inédita ao final de cada aula com correção individual e observações do professor Marcio Léo.

LOCALIZAÇÃO: Local de fácil acesso – Avenida Brasil 1831 / sala 1102 a um quarteirão da Praça da Liberdade.

HORÁRIOS DA SEGUNDA ETAPA 2009

Turma A – TERÇA-FEIRA – 18h15min 21h45min: 1 – 8* – 15 – 22 – 29 de dezembro.

SEXTA-FEIRA – 14h00min 17h30min: 4 – 11 – 18 – 27** de dezembro.

Turma B – QUINTA-FEIRA – 8h00min 11h30min 3 – 10 – 17 – 24* – 31* de dezembro.

SÁBADO – 7h30min 11h00min – 5 – 12 – 19 – 26 de dezembro.

* NÃO HAVERÁ FERIADO NAS TURMAS DA MANHÃ

**DOMINGO 8h00min 8h30min em substituição ao dia 25 - NATAL

INÍCIO DAS AULAS : TERÇA FEIRA- 01 DE DEZEMBRO DE 2009.

terça-feira, 14 de abril de 2009

CADEIAS ALIMENTARES CONTAMINADAS

** APÓS LEITURA DO TEXTO TENTE RESPONDER ÀS SEGUINTES QUESTÕES:
1 - Como se denomina o fenômeno apresentado no texto.
2- Qual uma provável cadeia alimentar para que os agrotóxicos cheguem até os elefantes marinhos?
3- Por que os produtos estão até hoje presentes nos ambientes contaminados/
4- Proponha uma forma de biorremediação para o problema.

Herança negativa 
Agrotóxicos absorvidos por elefantes-marinhos da Antártica são transmitidos aos seus filhotes 

Análises da gordura e do leite de elefantes-marinhos que vivem na Antártica detectaram a contaminação de animais adultos e jovens por compostos tóxicos (foto: Octopus/ Furg).


Pesticidas e outros compostos químicos afetam biomas muito distantes dos locais onde foram lançados. Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) constatou que elefantes-marinhos que vivem na Antártica são contaminados por compostos químicos usados em países do hemisfério Sul e transmitem essas substâncias tóxicas aos seus filhotes. 

Apesar de não serem utilizados no continente antártico, os compostos químicos são levados até lá pelas correntes de ar e, ao entrarem em contato com o ar frio dos pólos, se condensam e precipitam no mar, onde os elefantes-marinhos passam a maior parte de suas vidas. Esses mamíferos, que pertencem ao mesmo grupo das focas e morsas, só se reúnem em terra firme uma vez ao ano, para se reproduzir e trocar de pelo. 

O estudo, que faz parte do Programa Antártico Brasileiro, analisou elefantes-marinhos 
(Mirounga leonina)que vivem na ilha Elefante, localizada na península Antártica, região próxima ao extremo sul da América do Sul. Ao longo de três expedições, realizadas entre 1997 e 2000, a equipe, coordenada pelo oceanólogo Adalto Bianchini, da Furg, observou os hábitos desses mamíferos e coletou amostras de gordura e leite dos animais. 

A contaminação dos filhotes começou a ser investigada depois que os pesquisadores, com a colaboração da Universidade de Trent, no Canadá, detectaram a presença de compostos tóxicos em animais adultos e jovens da ilha, com níveis mais expressivos nas fêmeas. 

Pesquisa da Furg mostrou que as fêmeas de elefantes-marinhos transmitem as substâncias tóxicas absorvidas por seu organismo aos filhotes durante a gestação e a amamentação (foto: Matthew Field/ Wikimedia Commons).

A equipe constatou que os compostos são transmitidos aos filhotes por meio da placenta (durante a fase de desenvolvimento uterino) e, depois do parto, pela amamentação. Nos primeiros dias após o nascimento, os animais chegam a adquirir até 50% da concentração de substâncias químicas tóxicas que absorvem durante toda a vida. Os resultados dessa análise foram publicados na edição de abril do periódico Chemosphere. 

Mais vulneráveis 
Bianchini ressalta que o perigo da contaminação prematura está na vulnerabilidade dos animais, que ainda estão em fase de desenvolvimento. “No hemisfério norte, onde o problema é mais grave, já foram notificados casos de mamíferos marinhos com problemas neurológicos e malformação fetal”, alerta o pesquisador. 

O oceanólogo explica que a contaminação do tecido adiposo dos animais permite uma alta assimilação de compostos químicos tóxicos em um curto período. Isso acontece porque, quando estão no mar, os elefantes-marinhos estocam energia sob a forma de gordura, que é consumida durante os meses em que os animais permanecem em terra e ficam em jejum. 

Segundo Bianchini, a exposição continuada a produtos químicos tóxicos pode provocar diminuição da capacidade reprodutiva e deficiência imunológica nos elefantes-marinhos, o que levaria à diminuição de sua população. Por enquanto, os animais da ilha Elefante não exibem sinais evidentes de intoxicação, mas já apresentam alterações hormonais. “Esse é um fator que pode gerar estresse nos animais, mas ainda não é suficiente para ocasionar desordens reprodutivas”, avalia. 

Emissões antigas e recentes 
Análises das massas de ar e correntes marinhas apontam que a contaminação dos elefantes-marinhos da Antártica deve-se a compostos químicos lançados em países do hemisfério Sul. Para os pesquisadores, a situação atual decorre do uso intenso desses produtos entre as décadas de 1960 e 1970. No entanto, eles não eliminam a hipótese de emissões mais recentes. 

“Muitos dos componentes encontrados são derivados de pesticidas organoclorados, compostos de uso doméstico e agrícola que já foram banidos em diversos países, inclusive no Brasil, mas que ainda hoje são admitidos em campanhas de saúde pública em caso de emergência sanitária”, diz Bianchini. Também foram detectados compostos usados em tintas industriais e em transformadores elétricos. 

A equipe pretende voltar à ilha Elefante para acompanhar o desenvolvimento dos animais analisados e avaliar o nível de contaminação atual. Para os pesquisadores, o estudo do ambiente antártico vai além do interesse científico. “Esperamos ajudar na tomada de consciência em relação ao uso adequado desses compostos químicos tóxicos”, diz Bianchini. E alerta: “Se eles estão aparecendo lá, significa que já se espalharam por todo o planeta.” 
Barbara Marcolini 
Ciência Hoje On-line 
14/04/2009

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Comandos de questão - Uma ajudinha para resolver questões com tranqüilidade!!

GAIA - CONSULTORIA EM BIOLOGIA - NOVOS CURSOS NO SEGUNDO SEMESTRE**informações: gaiabiologia@globo.com**
PRINCIPAIS COMANDOS NOS ENUNCIADOS DE QUESTÕES


APONTAR (CITAR, DEMONSTRAR) = Indicar, fazer referência, situar.
ASSOCIAR (RELACIONAR) = estabelecer correspondência (ligação) entre os elementos. Unir idéias que apresentem traços mais comuns.
AVALIAR = estabelecer a idéia de valor, conjecturar sobre determinada qualidade, reconhecer a importância de um elemento, destacando-o.
CARACTERIZAR = Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em evidência os elementos mais importantes.
CITAR (INDICAR) = mencionar; fazer referência, transcrever.
CONFIRMAR = declarar, (re) afirmar a verdade, provar com argumentos verdadeiros; comprovar com exatidão.
COMENTAR (DISCUTIR) = expressar opiniões, posicionar-se com argumentação, desenvolver um assunto com desenvoltura.
CONTRADIZER (CONTRASTAR) = apresentar argumentação contrária a (algo); refutar; estar em desacordo, negar, pôr em contraste.
CONTRAPOR (CONFRONTAR) = expressar as diferenças, mostrar traços distintos, opostos.
DETERMINAR = afirmar com certeza, Identificar os elementos com exatidão e segurança, precisar a partir de uma análise.
ENDOSSAR (CONFIRMAR) = reforçar, reafirmar uma idéia, apoiar com argumentação convincente.
ENUMERAR (INDICAR) = fazer rol de elementos (características), relacionar com método; especificar, listar.
ESTABELECER PARALELO = organizar elementos (idéias) com base em diferenças ou semelhanças conforme a natureza do assunto abordado.
EVIDENCIAR (EXPLICITAR, IDENTIFICAR) = tornar claro, manifesto, evidente, destacar, mostrar (com evidência); exibir.
EXEMPLIFICAR = citar, mencionar com exemplos (interpretados com as palavras de quem escreve), pôr em exemplos baseados no texto ou na obra lida.
EXPLICAR = expor com clareza as intenções, motivos, razões (porquês) objetivos e até causas acerca de um assunto; tornar claro ou inteligível, explanar tornar fácil de entender, esclarecer.
FOCALIZAR = pôr em foco; enfocar, fazer convergir os argumentos para um ponto específico.
IDENTIFICAR (EVIDEDNCIAR) = distinguir os traços característicos, permitir o reconhecimento, a identificação, tornar conhecida uma idéia por meio de argumentos.
INTERPRETAR = traduzir, mostrar que compreendeu, tornar explícito o entendimento do assunto, determinar o significado preciso.
JUSTIFICAR = demonstrar (provar) com argumentos e justificativas que um fato (idéia) ou elemento é correto, positivo e verdadeiro.

OBSERVAÇÃO – a partir do tipo de questão (temática) proposta é possível (aceitável) A) Justificar com exemplos ou B) explicar com justificativas.

domingo, 28 de setembro de 2008

Mais perto das terapias celulares
Vírus que não se integram ao genoma podem viabilizar tratamentos com células-tronco induzidas

Cientistas americanos conseguiram gerar células-tronco pluripotentes induzidas (na imagem) usando adenovírus, que não se integram ao genoma celular e não provocam tumores nos hospedeiros (foto: Mathias Stadtfeld e Konrad Hochedlinger).Mais um obstáculo à produção de células-tronco pluripotentes induzidas parece ter sido superado. Por sua semelhança com as células-tronco embrionárias, elas poderiam ser usadas no futuro em terapias celulares contra diversas doenças. Cientistas norte-americanos desenvolveram um método capaz de gerar as células induzidas usando vírus que não provocam danos genéticos permanentes nem tumores no hospedeiro, um problema apresentado em estudos anteriores. O método para obter essas células-tronco consiste em inserir quatro novos genes em células adultas – usando vírus como vetores – para induzir sua regressão para o estado de células-tronco embrionárias. Com esses genes, as células são reprogramadas de forma a se comportar como se fossem pluripotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em diversos tipos celulares especializados. Dois estudos publicados em 2007 haviam conseguido gerar células-tronco pluripotentes induzidas a partir de células adultas da pele humana. Em 2006, o método havia sido demonstrado com sucesso em camundongos. Mas os retrovírus usados como vetores nesses estudos podem prejudicar o organismo em que essas células reprogramadas são inseridas, pois freqüentemente alteram seu genoma e estão associados ao risco de formação de tumores. Agora uma outra equipe, liderada por Matthias Stadtfeld, do Centro de Câncer do Hospital Geral de Massachussetts e do Centro para Medicina Regenerativa (Estados Unidos), produziu células-tronco pluripotentes induzidas de células do fígado e fibroblastos de camundongos pelo uso de adenovírus. Os novos vetores permitiram um alto nível de expressão dos genes introduzidos e não se integraram ao genoma das células. Células reprogramadas e pluripotentes Os pesquisadores afirmam que as células-tronco geradas com esse novo método têm características de células reprogramadas e expressam genes de pluripotência. Para verificar seu potencial de diversificação, as células foram injetadas nos flancos de camundongos. Testes histológicos mostraram diferenciação em três tipos celulares: de músculos, de cartilagens e epiteliais. O emprego das células-tronco pluripotentes induzidas adenovirais em camundongos não gerou efeitos colaterais indesejados. A análise de animais com 4 a 13 semanas de vida, que receberam as células em um estágio inicial do desenvolvimento embrionário (fase de blastocisto), não mostrou formação de tumor. Apesar dos avanços do novo método, ainda será preciso driblar alguns obstáculos, como sua eficiência extremamente baixa para gerar as células-tronco. O estudo, publicado na Science desta semana, permitirá verificar se as células-tronco pluripotentes induzidas e as células-tronco embrionárias são equivalentes em níveis moleculares e funcionais. Antes essa comparação não era possível, porque os genes virais eram expressos em baixos níveis nas células e nas linhagens descendentes, o que pode afetar seu comportamento e potencial de diferenciação. Além disso, caso os resultados do estudo consigam ser reproduzidos em células humanas, a reprogramação por adenovírus pode resultar em um método aperfeiçoado para gerar e estudar células-tronco específicas de alguns pacientes e, no futuro, ser usada para tratar doenças degenerativas. “Mas será importante estimar se células-tronco pluripotentes induzidas humanas geradas sem integração viral são de fato tão potentes quanto células-tronco embrionárias humanas”, advertem os pesquisadores.
Thaís Fernandes Ciência Hoje On-line 25/09/2008

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

HÁ QUANTO TEMPO ESTAMOS AQUI? QUANTO VALE UM MINUTO QUE VOCÊ FICA SEM ESTUDAR?

**GAIA - CONSULTORIA EM BIOLOGIA - NOVOS CURSOS NO SEGUNDO SEMESTRE**informações: gaiabiologia@globo.com
Uma questão de escala
Se a história do universo tivesse durado três dias, humanos teriam surgido há apenas dois segundos

Atualmente é impossível se discutir qualquer tema biológico sem que pensemos em seus aspectos evolutivos. Contudo, muitos de nós, acostumados a viver e a pensar em uma escala temporal reduzida, temos dificuldades para compreender processos graduais que se estendem por milhões ou bilhões de anos. Uma das melhores formas para se facilitar o entendimento de acontecimentos como os que levaram ao surgimento da vida em nosso planeta é fazer uma analogia com uma escala temporal mais familiar a todos. Podemos, por exemplo, estipular que nossa história se estenderá por três dias, iniciando-se em uma segunda-feira, com a formação do universo, até alcançar os dias atuais, ao final da quarta-feira. Nessa comparação, cada segundo representa cerca de 53 mil anos, e cada bilhão de anos passará em pouco mais de cinco horas. Vejamos quando acontecem os principais eventos para o surgimento da vida conforme essa escala.
Segunda-feira, 00:00 (cerca de 13,7 bilhões de anos atrás) Nosso relógio é acionado após o Big Bang – a grande explosão que deu origem ao universo.
Terça-feira, entre 23:30 e 23:45 (4,567 bilhões de anos atrás) Nasce o Sistema Solar após a explosão de uma supernova. Com isso, formaram-se o Sol e, na sua periferia, os planetas.
Quarta-feira, 00:45h (4,533 bilhões de anos atrás) A colisão entre a Terra e um planeta primitivo com tamanho e massa similares aos de Marte leva à formação da Lua e provoca modificações no eixo de nosso planeta, causando o início da sua rotação e do processo de tectônica de placas...
Para saber mais e continuar a história leia o original em : http://cienciahoje.uol.com.br/124907
Do original de; Jerry Carvalho Borges Universidade do Estado de Minas Gerais 01/08/2008